sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O GUERREIRO AZUL

Uma breve homenagem a William Wallace e a tantos outros guerreiros, com nome e anônimos, que fazem da coragem não uma atitude simples, mas o auge da superação humana. Que mostram que o medo existe, mas que podemos superá-lo. E nos motivam a cada dia, quando enfrentamos as nossas próprias batalhas.

O GUERREIRO AZUL

Brada o guerreiro,
Rasgando a tarde fria,
Seu grito avançando à frente,
No caminho lhe serve de guia.

Sabe o que lhe espera,
Sente o cheiro da guerra,
Suas narinas inflam,
Captam eletricidade do ar.

E ele corre,
A grama corre,
O vento corre,
O grito morre.

À frente são muitos,
São tantos e tantos,
E os seus são poucos,
As armas toscas, os mantos rotos.

Mas o guerreiro urra,
Levanta a espada e saúda,
Sua gargalhada fria,
É punhal no medo.

A coragem é vinho,
Que lhe aquece as veias,
Já não está sozinho,
Outros saltam das aléias,
Ainda poucos e esparsos,
Caçam as "aranhas" nas próprias teias.

O fim da história não importa,
Quem ganhou, nem quem perdeu,
O que conta é que o guerreiro,
O medo mais profundo venceu.

E os bardos, trovadores,
Contadores de história, professores,
Contam aos novos a toada,
Do guerreiro mais humano,
A empunhar uma espada.