sexta-feira, 5 de março de 2010

A Lágrima

Celebrando a Dor, sem drama, apenas curtindo sua pungência (palavrinha cretina, mas enfim) compartilho a primeira postagem.

A Lágrima

Lágrima, lâmina fria de dor
Que singra os mares do teu rosto
Do sofrimento a flâmula incolor

Corre escorre dos teus olhos
Busca na fúria o precipício
Antes ocupado pelo sorriso

A força da tua correnteza
Traz consigo o jorro forte
Da fonte inesgotável da Tristeza

Não vem para todos
A Lágrima altaneira
Apenas presenteia alguns
E sempre à sua maneira

Cada uma que se esvai
Derramada em pranto teu
É testemunho de que você sente
De que amou
De que viveu

E seu rastro salgado
Que findo o pranto é notado
É qual marca na areia da praia
Avisando que o mar não tarda a voltar.

2 comentários:

  1. Adorei, Ane!
    Especialmente a última estrofe!
    Tudo muito metafórico, numa linguagem gostosa e poética e muito bem escrito.
    Meus parabéns, minha amiga! Não sabia que era tão talentosa assim como escritora.
    Continue escrevendo, que eu continuo lendo ... hehehe
    beijos,
    Mario

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  2. Amigo querido, não te contei, mas vc é personagem de um que fiz, relatando espisódios da época da fazenda de golfinhos... rs ;) Uma hora dessas posto ele aqui! Continue lendo sim, as opiniões dos amigos são MUITO importantes! Obrigada!
    Bjss!

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