Noticiário de domingo, Drogas, Crimes, Contos do Vigário, Golpes, ludibriar é uma arte em constante crescimento. Não é à toa que todos conhecem Malasartes. Pensando nisso, poemei sobre o Ladrão de Sonhos, personagem muito interessante. Tão letal para o arrogante e ganancioso quanto inócuo para o realista e humilde. Só ganha de quem quer ganhar dele, é na verdade um espelho invertido... Vamos lá.
Insidioso, maneiroso, traiçoeiro e garboso,
Na beira e no canto,
Se esgueira sestroso.
Sedutor, só fala o que se quer ouvir,
Na lapela a flor,
Meio murcha a sorrir.
Sua casca é linda,
Seu perfume cheio de promessas,
Ele todo um convite,
À quebra de regras.
E os incautos, com a coragem decorrente da ingorância,
Acreditam em seus cartazes,
Inebriados de arrogância.
Jamais questionam ou se perguntam,
Jamais duvidam ou avaliam,
Apenas compram o bilhete oferecido,
Mesmo amassado e vencido.
Diz o costume, há longo propagado,
Que apenas o muito esperto,
É assim enganado.
Pois pensa que está em vantagem,
Saindo na frente e ganhando de todos,
Ao comprar o bilhete,
De sedutor tão garboso.
E depois que passa a vertigem,
O transe inebriante,
Percebe o incauto amigo,
A verdade mortificante.
A promessa oferecida,
Por esse malandro de chapéu côco,
Tem validade vencida,
E tem miolo oco.
Na verdade, os prêmios, presentes e brilhos,
Que você pensa ter ganho,
Foram na verdade pagos,
Com seus mais lindos sonhos.
Vem fácil, vai fácil,
Escorre do bolso furado,
A moeda mais lustrosa,
É alumínio amassado.
Mas a cada venda ou negócio, que realiza o Ladrão,
Sai contente e feliz,
Assovia sua canção,
Que laranja madura,
Na beira da estrada,
Ou já tem dono,
Ou tá boa não,
E promessas tão boas,
Quase de "irmão",
Se o fossem de fato,
Não estavam à disposição.
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